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O Rodeio

enviado em: 09/12/2020 15:12:03


O rodeio, chamado também de “festa do peão” e “expo” - neste caso envolve mais coisas além do rodeio em si – como shows e outros atrativos. Uma festa caipira que nasceu a muitos anos, incorporada a partir de uma cultura rural de doma e lida do animal. Segundo informações, o rodeio nasceu nos Estados Unidos, porém outros países disputa o posto de pioneiro. O rodeio mais conhecido é a modalidade touro. Mas também há o rodeio em cavalos, cutiano, bareback, bulldoging, três tambores, sela americana, laço de bezerro, laço em dupla e ainda o rodeio em carneiros para crianças. No Brasil algumas modalidades são disputadas também por mulheres.

No Brasil, a montaria em touros é a modalidade mais esperada e competitiva no rodeio. Onde o peão tem que ficar até completar 8 segundos em cima de um touro, e se não houver nenhuma irregularidade, é avaliado. O peão com a maior soma de nota, é o campeão.

No rodeio em touros – assim como o rodeio em cavalos – hoje exige no mínimo alguns profissionais para que o rodeio seja completo e seguro, mas pode variar um pouco conforme os organizadores do evento (contrato) e a região. Saiba quem geralmente são esses profissionais:

 

Competidor (peão): Pessoa que disputa o rodeio. No rodeio em touros, o competidor fica sabendo o touro que vai montar, após o sorteio. Quanto mais difícil de montar é o touro, há maior possibilidade de uma nota mais alta, o que favorece o competidor. O juiz avalia todos os aspectos.

Touro: Animal que pertence a uma Cia, em plenas condições de saúde (acompanhado por médico veterinário), treinado para pular alguns segundos.

Sedenheiro: Auxilia a boiada fora e dentro do brete, tem um conhecimento e responsabilidade muito grande, e amor pelo que faz. Na hora da montaria ele dá o sedén. Em algumas companhias o próprio dono da boiada exerce a função, ou uma outra pessoa de sua confiança.

Porteireiro: Está em sintonia com o competidor, touro e juiz de brete. Abre a porteira no momento certo, “solta o touro” para apresentação, “dá a solta”. Um manejamento incorreto da porteira pode causar sérios acidentes, ou tirar nota do peão ou do touro, ou até mesmo invalidar a montaria.

Salva-Vida: Trabalham em 2 ou 3 dentro da arena. Quando o peão cai do touro, eles entram em ação, distraem o animal e protegem o peão, por isso o nome “salva-vida” de rodeio.

Laçador: Alguns rodeios coloca o laçador dentro da arena, ou “salva-vida” a cavalo. Este auxilia e conduz o touro na arena. O touro é laçado ou apartado, conduzido para um cercado atrás dos bretes.

Juiz de Arena: Autoridade dentro da arena. Fica dentro da arena e avalia amontaria e atribui a nota ao competidor e também ao touro. Há duas notas: do touro e do competidor (50% + 50%), somado as notas, Julgar é uma tarefa complicada em qualquer profissão. Na arena, o responsável pela alegria ou tristeza do competidor é o juiz, que avalia o desempenho do peão e do animal na montaria. Há duas notas: do touro e do competidor (50% + 50%), somado as notas, sai o resultado. Durante a montaria pode acontecer de o juiz jogar uma bandeira amarela ou vermelha na arena (no chão). A bandeira vermelha sinaliza que houve alguma irregularidade e o peão é desclassificado naquela montaria, parando ou não os 8 segundos. Já a bandeira amarela, quando acontece algo involuntário ao peão, que tenha o prejudicado, daí ele teria direito a outro touro, o “ri rider”, uma nova saída de brete em um touro diferente.

Juiz de Brete: Geralmente fica ao lado do brete; é responsável por fiscalizar e avaliar a integridade física do animal. Em alguns eventos, pode ser responsável também de atribuir a nota.

Locutor: Ele é o narrador e apresentador dos peões e touros, dentre outras falas. Hoje em dia, o locutor fica dentro da arena, posicionado. Através da voz, leva mais emoção ao público.

Comentarista: Este não fica dentro da arena, mas em um local que tenha visibilidade da arena; faz algumas participações junto com o locutor. Faz considerações sobre montarias e complementações de informações.

Palhaço: Humorista, um show à parte dentro da arena, leva alegria à plateia. Distraem o público nos intervalos. Fazem a alegria das crianças e adultos.

Paramédicos: Médico ou enfermeiros que fica de plantão durante o rodeio, nos fundos de brete. Está à postos para caso haja algum acidente na arena, estão lá para socorrer.

Mídias: Há uma galerinha responsável pelos vídeos, sonorização, transmissões ao vivo, e fotografia em um rodeio. Hoje em dia é uma equipe fundamental na festa do peão. E a fotografia ainda está em alta dentro do rodeio paranaense e mundial.

 

RODEIO NO BRASIL

Uma das festas mais famosas do Brasil e conhecida mundialmente é a Festa do Peão de Barretos, que chega a reunir em torno de 900 mil pessoas e movimenta milhões de reais em diversos setores. A primeira edição foi realizada em 1956. Hoje atrai muitos investidores do Brasil e do mundo, consagra os peões e oferece altas premiações, promove os melhores shows nacionais e internacionais. Aumenta, entretanto, a grandiosidade da festa.

Há outras festas, principalmente na região sudoeste, centro-oeste e sul do país, como os famosos rodeios crioulos, gineteada, chasque, prova de rédeas, em que são avaliadas as habilidades humanas e desempenho do animal; destaca o maior evento da América Latina é o Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria realizado em anos pares e por onde passam mais de 350 mil pessoas por edição.

No Paraná, o rodeio de Colorado ganhou destaque e fama, e o prêmio vem ser um atrativo para os competidores convidados. Outras cidades, como Pérola, Douradina, Umuarama, Londrina, Toledo, oferece um rodeio de qualidade. Há muitos rodeios amadores, bolões que vem dando oportunidades aos jovens iniciantes. Em Pérola, no Paraná além das pistas de treino é realizado anualmente o “Jaguariuninha” e o “Barretinho”, rodeios “amadores” mas conta com boiadas e profissionais de alto nível, lança peões para o Paraná, Brasil e o Mundo. O mais conhecido de Pérola, o Fabiano Vieira “Armandinho”; peão perolense, campeão de Barretos e renome internacional. O peão começou montando em bolões e hoje é o número 10 da PBR mundial.

No Brasil, o rodeio está regulamentado pelas leis federais que institui normas gerais relativas à atividade de peão de rodeio, equiparando-o a atleta profissional, e uma lei que normatiza a realização dos eventos em que ocorrem rodeios, tornando obrigatória a presença de um médico veterinário, dentre outras orientações. Alguns estados possuem leis específicas, além das leis federais, para a realização dos rodeios e demais provas. Há também legislações municipais.